segunda-feira, 4 de outubro de 2010

A quem pertence o nosso destino?









 Durante muito tempo acreditei que em nossas vidas, tudo era predestinado e passava longas horas a olhar os céus na tentativa de decifrar o que porventura estaria escrito nas estrelas.
Essa crença surgiu de uma idéia tão romântica quanto cruel de que nascemos para resgatar, para “queimar” Karmas, sempre levando-me a  ter como verdade o fato de que devemos sofrer para purificar e que se, determinada circunstância vivida for KARMA, devemos levar tal situação até o fim, sob pena de voltarmos só pra resolvermos a dita pendência e assim, vivi por muitos anos.
Só que a verdade é bem diferente. Com algumas leituras, conversas e experiências, descobri que nós somos os autores de nosso próprio destino, sendo integralmente responsáveis pelos méritos e deméritos de nossa caminhada. Isto, no início, nos deixa algo revoltados, porque DEUS passa a ser eximido de qualquer responsabilidade sobre os nossos atos. E agora, quem vai levar a culpa pelos frutos de nossas escolhas inoportunas? Ninguém além de nós mesmos.
Quando estamos prestes a reencarnar temos total consciência do que amealhamos como virtudes ao longo de nossa existência enquanto ser espiritual- cósmico –imortal e daquelas que ainda devemos conquistar para nos sentirmos à altura de sermos novamente credenciados como seres do universo quites com as leis do Amor e livres para viajarmos pelo espaço.
De posse deste conhecimento e com consciência plena do que ainda nos falta conquistar, planejamos a programação reencarnatória de forma que se torne mais fácil o desenvolvimento das qualidades espirituais desejadas. Por este motivo, nascemos ricos, riquíssimos, pobres, paupérrimos, lindos e feiosos, saudáveis ou muito doentes. Cada uma dessas escolhas, que vão da família à forma física até a profissão e pessoas a serem reencontradas e àquelas que não devem cruzar o nosso caminho, tudo é criteriosamente escolhido, tendo sempre como pano de fundo o desenvolvimento espiritual do ser reencarnante.
Assim, muitas dessas escolhas realmente não são passíveis de mudança: por mais que se tente sair de uma situação, não se consegue e quando isto ocorre, muito provavelmente é porque faz parte do nosso roteiro reencarnatório, que vamos simplesmente chamar aqui de grande destino. Quanto a este, o nosso livre-arbítrio é ilusório.
Mas em relação a todo o resto, das quais a maioria das cenas de nosso teatro se passa, pode ser mudado, que vamos chamar aqui de pequeno destino, ou o caminho que trilhamos até chegarmos nas situações cruciais, naquelas que nos requer grandes decisões e que geralmente nos trazem algum tipo de sofrimento. Esta pode ser mudada, já que apliquemos aqui para melhor elucidação o dogma matemático de que: a ordem dos fatores não altera o produto. E realmente não alterará.
O futuro sempre foi uma incógnita para a humanidade que ardentemente desejou conhecer os seus mistérios. Homens sábios que estiveram aqui relutantemente deixaram em seus escritos ou impregnadas nas mentes coletivas através da oralidade, que o futuro não existe, que o presente é uma dádiva, que o amanhã a Deus pertence,  em diversas línguas e das mais diversas formas.
                E, hoje, eis que nos surge uma visão mais holística e real do que entendemos ser o futuro e do seu mecanismo de criação. Surgiu o “Segredo”, “Quem somos nós”, “O Universo numa casca de nós” e inúmeros outros trabalhos que nos trazem a comprovação científica de 11 dimensões, de que não existe nada sólido, - já que tudo é vibração condensada- de que o que vemos, também existe em outros universos paralelos, de que existe um campo vibracional presente em tudo e em todos que armazena informações, pensamentos e tudo o mais que seja produzido a nível mental-emocional-espiritual e que se agrega através de energia que pode ser inclusive, acessada por qualquer um que atinja o nível vibracional compatível com a informação desejada, enfim, uma mudança de paradigmas, o descortinar de um novo mundo.
Isto significa que não há nada que pensemos, mesmo nos cantos mais recônditos de nossa consciência que não se plasme neste campo morfogenético, e principalmente em nosso campo áurico. Este campo é alimentado constantemente pelos nossos pensamentos e formam ao nosso redor um tipo de identidade espiritual que imediatamente revela quem somos, - não como essência, que isto fique muito claro –mas a um nível espiritual terreno, um raio x capaz de demonstrar o nível espiritual em que nos encontramos. Os nossos pensamentos deixam marcas em nosso campo áurico que, se insistentes, nos marcam indelevelmente, estabelecendo a que faixa nos encontramos vibracionalmente falando e se, passageiros, surgem mas logo se esvaem por não serem mais alimentados por nós mesmos.
O alimento é obra primordial na boa manutenção do ser, seja no corpo físico, quanto no emocional, mental e espiritual. Tudo depende da comida e aí, a máxima popular nunca foi tão precisa: “tu és o que tu comes” e isto é muito fácil de entender. Se comemos bem, teremos um corpo sadio, o que contrariamente ocorre se nos alimentamos mal; da mesma forma, nos demais corpos, se buscamos nos iludir emocionalmente, viveremos tristes e inconsoláveis, se lermos um bom livro, teremos excelentes idéias, e isto ocorre principalmente com os nossos desejos.
Como já dito, tudo o que pensamos se plasma de alguma forma tanto em nosso campo morfogenético, quanto em nosso campo áurico e se emitimos persistentemente determinada vibração (pensamento), ela ficará alimentada e forte, se plasmando no campo da materialidade, o que repita-se, nada mais é do que energia condensada.
Por isso, Tao-Tsé nos recomendou ter cuidado com o que pensamos, pois o nosso desejo pode se tornar realidade; sabedoria de alguém que acessou as verdades cósmicas por si mesmo e descobriu que o nosso desejo é uma ordem para o Universo.
Ao longo de nossas vidas alimentamos muitos e muitos desejos; a cada desejo emanado, uma corrente sai da Terra e nos pega pelo pé, ou seja, nos prende no planeta até a sua realização, afinal, somos deuses e o nosso desejo deve ser realizado e todo o Cosmos conspira neste sentido. A cada desejo, um apego e uma vontade insaciável de desejar e realizar, sempre, indefinidamente! Nos sentimos príncipes e princesas que devemos ser mimados pelo nosso Pai, o Grande Deus, criador de todas as coisas, causa primária, inteligência Suprema.
Sri Sathya Sai Baba, ser mais evoluído atualmente reencarnado munido de seu AMOR incondicional nos alerta de que não devemos desejar sequer o fato de sermos puros e livres do Karma. Já pensou em quão difícil é viver sem desejar?
Prefiro nem pensar! A distância que me separa de uma existência sem desejos é tão imensa que me desanima e não me faz ver os degraus mais abaixo que, se vivenciados, também me conduzirão a um crescimento espiritual. Cada um no seu ritmo, devagar e sempre. Eu tô andando, o que não se pode é parar.
Plasmamos tantos desejos persistentes em nosso campo áurico que existem várias possibilidades de futuro diferentes. Nos cabe escolher qual deles queremos para nós. Quando vamos a cartomantes e místicos eles, com a sua sensibilidade, captam qual desses futuros é mais alimentado pelo consulente e dizem o que dizem com base na situação com maior probabilidade de ocorrer. Já perceberam que quando vamos a este tipo de lugar já sabemos o que eles vão nos dizer, saindo a consulta mais como uma confirmação do que já sabíamos do que como a promessa de algo totalmente novo?
Em nós se encontram todas as respostas. Basta silenciarmos e sintonizarmos com o coração.
O nosso futuro está em nossas mãos porque a vida é feita de escolhas. E colheremos inevitavelmente o que plantarmos!!
Sendo assim, como você anda se alimentando?

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